
Para iniciar a criança,
tenho pétalas, vozes e cio.
Com o que tenho, teço
não penso
crio
doses de inocência contumaz,
notas de sandice renitente,
tudo de repente junto
num canto.
Para começar a criança,
me encrianço numa ciranda
que não dá valor ao que tem preço,
um mundo não se compra,
não se assiste
muda.
Em direção ao vento
a criança aponta,
sempre crescendo como nunca,
Cresce de não se conter,
de derramar,
explodir
seus estilhaços, versos-pássaros,
vestem de seda o céu
perfumam de catarse o ar
Pronta, a criança
pede licença
e vai encantar...
