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terça-feira, maio 16, 2006

por quanto tempo...

Nos dias difíceis, nos dias em que a vida parece ser não mais do que círculos num relógio de parede, o ponteiro das horas apontando pro céu, o dos minutos apontando pro inferno. As árvores ao sabor do vento pela janela e os pássaros cantando tímidamente. um corpo jogado num sofá com cheiro de mofo, cheiro de coisa guardada por muito tempo, torna-se quase que um objeto inanimado exceto por um descompassado piscar de olhos e uma disritimada respiração. O telefone não toca, a campainha não toca, o interfone também não e a música de tão melancólica parece ser um silêncio, um silêncio assim que se escuta com atenção. A saliva engolida como ácido sulfúrico... Assim como uma idéia aparece, um calor começa a percorrer o corpo, um calor que se inicia no peito e se alastra... De súbto um sorriso aparece... os pés tocam o chão e a vida torna-se uma guerra. E como um guerreiro nato ele se ergue e procura a caneta, sua arma azul, e pensa "Sai de mim por que eu não quero mais saber de você"... Um banho frio o faz nascer de novo... é, mas por quanto tempo...