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quinta-feira, agosto 10, 2006

Imã




Um caminhante anda pelas ruas da noite
Sob sua cabeça uma Lua
Ilumina pensamentos celestes
-tão diferente
E ainda tão bela quanto antes.
Ela se foi acenando,
o caminhante segue,
Cabeça baixa, os bolsos esquentam as mãos,
pensando no céu.
É tão ruim que ela se lembre apenas da dor
é pra longe disso que ele quer ir.
Quando era criança estragou uma caixa de som
vendo-a fugir, ele se lembrou de quando o imã caiu e
quebrou...
as partes não mais puderam se unir.
A criança teve que brincar de afastar...
 
Sentir-se,
só uma vez,
preso por vontade?
O caminhante pensa que não, mas sente que sim:
"- Devolva minha chama que você sugou com um beijo
quero, com ela, reacender-me e me queimar
e quando nossas mágoas estiverem mortas,
vou cremá-las!!
Se queres recordação do que te fez sofrer
não me peça para dá-las a ti.
As minhas, a cada vez que elas vem á tona,
sinto-as na pele,
mas estou aprendendo a suportar o frio...
Quero descobrir o lugar das coisas abandonadas para pô-las lá.
E que elas façam companhia a tudo que deve ser descartado.
Assim, terei em mim apenas a lembraça de um belo sonho
em que a Lua veio me iluminar,
e saimos por ai como partes de uma mesma coisa.
 
E que, um dia, chamamos de amar ..."

3 comentários:

Anônimo disse...

as palavras não conseguem demonstrar o tamanho da expressão.

isso foi lindo...

Anônimo disse...

Vc já era assim?!?
Lindo e Distante, mais, bem mais q os muitos kms q nos separam!!!

Anônimo disse...

às vezes eh dificil, acontecem coisas q não encontramos razão ou motivos suficientes. comigo tb ja rolou. mas é que nem tudo tem razao, motivo. tem coisas q acontecem e não foram geradas por erros seus. acontecem.

abraçur

aniMALirracional