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quarta-feira, junho 21, 2006

SoulRio

quando se sai por ai, pra conhecer outras partes da vida, geralmente, acontece uma surpresa atras da outra, de repente voce conhece uma pessoa muito legal e descobre que ela tb tah toda enroscada nos vinculos que criou assim como voce, voce encontra uma cidade onde existem milhares de cidades ao mesmo tempo, e voce acaba passando por algumas delas, mas nunca todas, e isso deixa uma vontade eterna de sempre voltar, voce sente o perfume das pessoas novas e o fedor de uma baia quase morta, e ve as pessoas fingirem que nada esta acontecendo, dai voce atravessa a cidade e ve coisas tao belas que te fazem acreditar em deus, porque o arco-iris nasce ali naquela fabulosa pedra que vai sendo modelada pelas ondas do mar, dai voce deseja tomar algo e descobre que desse lado da cidade tudo eh tao mais caro, em consequencia disso percebe-se que nao ha nenhum outro lugar onde voce jah tenha ido que seja assim, com uma desigualdade tao gritante, em todos os sentidos, e a geografia eh o mais aparente deles, e voce atravessa uma ponte, ou pega uma barca e vai de um lado para o outro, atravessa a baia no meio de lixos e mais lixos, e ve que existem barcos pesqueiros ali, e imagina que tipo de peixe pode sobreviver naquele ambiente inospito, devem ser parentes proximos dos que vivem no Quarto de despejo. Eh as ocilaçoes sao tao grandes que voce acaba percebendo que nao eh soh voce que eh uma metamorfose, que tudo ao seu redor vai se transformando, e sente uma imensa tristeza pois tais mudanças parecem sempre ser pra pior, mas ai voce fica sabendo que existem pessoas que tiram seus direitos do papel e ocupam espaços vazios, na terra no mar no ceu e no ar, e ve um belo jovem negro, no Largo da historia do centro da cidade, batucar freneticamente na sola de uma botina e gritar que aquela eh a reza dele e que o deus dele nao quer ver ninguem se ajoelhar dai voce pensa que o teu deus tambem nao, e dai tu vai voltando pra ilha, e com os proprios olhos, descobre que aquele palhaço profeta, mencionado numa bela canção, e que perdeu a familia quando o circo pegou fogo realmente escrevia grandes verdades no nosso caminho. e que bom que essas palavras tenham resitido ao emprodrecer da zona mais esquecida da cidade. e quando se tem que voltar pra casa, sente-se vontade de chorar, mas como quem sabe que nao vai demorar muito pra voltar eu soulRio...

9 comentários:

Anônimo disse...

teu texto tá muito eu hj!!!!

Anônimo disse...

que coisa ;(

Anônimo disse...

Eu acho q Deus ainda está ali no arpoador vislumbrado com a beleza do espetáculo natural e de costas para o Rio

`´é`´ disse...

arrastao na prai nao tem problema algum, quando se continua a olhar o mar e mantem-se de costas pra favela

ped aLEro disse...

Legal, gostei!
Como gostar de um nome ou uma vontade de voltar.

Anônimo disse...

na verdade acho q metamorfoses é a palavra para explicar o micro/macro universo q é o rio e a Baia da Guanabara e tudo o q [sobre]vive aqui...q bom que é ser lembrada =)

Anônimo disse...

eu não conheço o rio, mas acabei de viajar com você pra lá nesse segundo.

Anônimo disse...

meu bem.
pois volte. mas volte pro pé rachado. aqui no centro-oeste goiano. goiânia-goiás. não é a mesma coisa que o quadradinho-goiano. bsb. não não!
saudades!

adorei seu texto.

Anônimo disse...

ô querido, o fabrício me contou, aliás esses dias ele foi o fiscal de uma prova de física que eu fiz.ô homem generoso esse fabrício, hahahahaha.pô, eu tava achando que o show era na quinta, melhor ainda ser na sexta!vou certeza.toma vinho e ovo cru, dizem que faz bem pra voz, se eu continuar nessa labuta vou ter que apelar pressas coisas, em breve também tenho espetáculo e minha voz tá que nem mio de gato.hahahaha.
beijão.
saudades imenssas de ti.
até sexta.