Páginas

sexta-feira, abril 20, 2007

Na estrada III

Marnin sobresaltado chamou as meninas para que vissem aquilo. Leonilson começou a buzinar e a acelerar para cima da boiada, e a boiada foi se pisoteando, indo pros lados, e os carros foram passando. Foi mais de trinta minutos atravessando a boiada. Com nostalgia Marnin lembrava das viagens de ele criança, Faz mais de quinze anos que não vejo uma coisas dessas. Bia respondeu que nunca havia visto e Lis ficou grilada com a situação da boiada. Era gado se pisoteando, uns bezerrinhos desse tamainzin – tipo uns menos de 50cm de altura – com aquele olhar de insatisfeito e condicionado, ao mesmo tempo, com a condição de animal domesticado, criado na engorda para servir de alimento a menos de 20% da população mundial. Talvez se não houvesse ali naquela estrada um grande fluxo de caros indo e vindo – era feriado de semana santa – seria um bom exercícios para a boiada.
Passada a boiada a viagem seguiu tranquila até a entrada de São João d'Aliança. A van se aproximou vagarozamente do posto policial e havia lá um PM, Godofredo tinha os dedos cruzados, e Leonilson que já havia alertado sobre os problemas que poderiam enfrentar ficou mais calmo quando viu que se tratava de um PM e não de agentes da AGR.

-Documentos pessoais e do veículo!
-(...)

Nenhum comentário: